A sociedade tem passado por constantes transformações devido as tecnologias digitais de comunicação e informação. No entanto, as escolas não tem acompanhado essas transformações com o mesmo ritmo, mantendo-se parada no tempo, engessada em práticas tradicionais, e mesmo as que buscam se inserir, vão numa velocidade muito aquém do esperado para uma sociedade tão dinamizada.
Para ensinar em um mundo tão conectado, a escola deve ser aberta, ter flexibilidade, e é preciso ter a compreensão de que o aprendizado não está mais limitado a um espaço específico, podendo ocorrer dentro ou fora de uma sala de aula, de forma individual, autônoma, mas com direcionamento, ou de forma coletiva, numa construção de conhecimento.
Uma escola inovadora tem a estrutura, o projeto pedagógico, o currículo, a gestão e os professores, todos voltados para uma educação que permite um desenvolvimento integral do aluno, aliando as práticas ao uso das tecnologias existentes em nossa sociedade atual. Coloca o aluno no centro, personalizando a aprendizagem, fazendo-a em pares ou direcionando esse aluno. Os professores ficam em formação constante, contínua, pois entende-se que o dinamismo da sociedade deve ser sempre estudado e inserido no processo de ensino e aprendizagem por meio de instrumentos que venham a ser utilizados presencial ou não.
As escolas, em sua maioria, estão muito distante dos modelos inovadores. Mas, mesmo presas a currículos disciplinares, a um modelo tradicional de ensino, elas podem ir, aos poucos, inovando no processo de ensino e aprendizagem. Para isso, precisa de profissionais engajados com a mudança, que passem a inserir, mesmo dentro do espaço fechado de sala de aula, metodologias ativas, fazendo com saiam de postura de babá, que entrega tudo pronto a aluno.
Para a aprendizagem hoje, três conceitos são muito importantes: as metodologias ativas, que colocam o aluno como protagonista do processo de aprendizagem, sendo participativo e reflexivo; os modelos híbridos, que permitem a flexibilização do ensino, do espaço, do tempo; e as competências digitais, tão necessárias em uma sociedade conectada. É a combinação desses três que permite uma educação inovadora. E dentro dessa perspectiva, a avaliação deixa de ser um fim específico para ser um processo contínuo, pois o aluno está em constante aprendizado. Assim, em vez da forma tradicional de avaliação, numa educação inovadora, essa avaliação pode ser realizada de diversas formas: diagnóstica, dialógica, por pares, autoavaliação, online e outros, sempre dando ao aluno um feedback do seu progresso.
Na prática, o processo de transformação das escolas em inovadores terá diversos caminhos, podendo ocorrer de forma mais rápida ou mais lenta, a depender de cada instituição. Mas o que não há como negar é que essa mudança deve ocorrer, pois as tecnologias digitais de informação e comunicação tem mudado profundamente nossa sociedade, e as escolas que não acompanharem essas mudanças, ficarão para trás. Assim, as escolas devem se reinventar e mudar paradigmas.
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