Corpos que clamam um ao outro,
Mas os olhares não se cruzam!
Instala-se o silêncio,
Balbucio, suspiros,
Muito esforço para evitar o encontro.

Basta apenas um roçar da pele
Para o corpo todo se eriçar,
O coração palpitar.
A boca fica pedindo um beijo.
Mas os olhares não se cruzam!
A presença já não é suficiente;
Corpo e alma tem que estar ali.
Orgulho! Pra quê?

Se os olhares não se cruzam.
Muito e pouco juntos,
Contradições desequilibrantes,
Desestruturantes,
Se não são bem pesados.
Palavras soltas no ar,
Machucando mais que uma lança.
Esses olhares que não se cruzam...
Enfim a entrega, a doação,
Fingem que não escutam
O chamado do coração
E o ardor do corpo que queima
De paixão.
(Bárbara Alanna - 2009)
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